O ogro azul dos fãs de anime e mangá…

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A reposta é 42: Porque sentimos nostalgia?

Olá! Vocês estavam com saudades dessa coluna? Hoje vou devagar sobre algumas das perguntas mais intrigantes do universo, mas que ainda não são a pergunta correta. O que é nostalgia? E porque sentimos nostalgia? Afinal, nostalgia é bom ou não? Vamos então em busca de possíveis repostas para essas perguntas, enquanto tentamos chegar mais próximos de descobrir a pergunta correta para a resposta fundamental.

Antes de mais nada, o post de hoje vai se basear no texto “Algumas teorias de porque sentimos nostalgia”  do site Negócio Digital e no vídeo “Why Do We Feel Nostalgia?” do canal VSauce. O texto simplifica o vídeo para língua portuguesa inserindo algumas informações. Vale a pena visitar também o site e o canal do youtube supracitados, pois ambos possuem outros conteúdos excelentes. Fica nosso agradecimento especial para o Michael Stevens, criador e apresentador do VSauce.

Nostalgia, nostalgia, porque nos persegue?

Nostalgia, nostalgia, porque nos persegue?

Antes de começar a falar das possíveis explicações sobre “nostalgia” e associar animes a mesma, vale convidar cada um dos leitores a tentar formular uma resposta para a questão: O que você pensa quando escuta ou ler o termo “nostalgia”? No meu caso, devido a boa parte dos acontecimentos mais importantes da minha vida estarem associados a mídias áudio-visuais (algumas vezes de maneiras indescritíveis) eu geralmente lembro de algum filme, música, jogo, livro, desenho animado e etc. Vale ressaltar que geralmente a nostalgia é um sentimento confuso e como explicarei mais a frente isso faz todo sentido, afinal ela é um misto de alegria e tristeza. Trazendo essa questão mais para o mundo dos animes, é fácil eu lembrar de animes como Dragon Ball e Pokémon, enquanto que eu preciso me esforçar muito mais para lembrar de obras como Doraemon e Samurai Warriors que são inclusive animes que vi antes. Isso não ocorre porque eu simplesmente não gosto dessas obras (Doraemon é bacana), ou porque eu era muito novo quando as vi,  mas porque logo que penso em Dragon Ball e Pokémon é comum eu sentir nostalgia. Mas afinal o que é nostalgia?

Às vezes eu quase quero um remake

Às vezes eu quase quero um remake

A nostalgia é um fenômeno difícil de explicar, mas que todos sentimos ao longo de nossas vidas. Poderia ser definida como uma maneira de recordar o passado afetivamente, com um pouco de dor. Aliás o termo “nostalgia” foi acunhado por Johannes Hofer em 1688 que uniu duas palavras gregas: “regresso a casa” (nóstos) e “dor” (álgos). Naquela época a nostalgia era considerada como um sintoma grave.

Retirado do texto Algumas teorias de porque sentimos nostalgia do site Negócio Digital

Ver a nostalgia como algo negativo, de certo modo, é até bem normal com relação à mídias áudio-visuais, pois quase sempre que falamos que sentimos nostalgia de algo, vem junto algo como “que pena que hoje em dia não há mais isso” ou “como era bom aquela época” ou ainda “gostaria que certa coisa (produto de mídia visual) voltasse a passar (ser divulgado, re-exibido)”.

Boas lembranças...

Boas lembranças…

Como a nostalgia e o sentimento de saudade são muito próximos, não é surpresa que haja tantos investimentos de indústrias de mídia visual tais como a de cinema e a de anime em apresentar remakes, reboots, ou continuações, quando não simplesmente reexibir o produto num formato mais atualizado (por exemplo Dragon Ball Kai, Jurassic Park 3D). Afinal é um retorno quase certo.

Particularmente é um pouco confuso relembrar de animes como Yu Yu Hakusho, Dragon Ball e até Full Metal Alchemist, pois são animes que eu adorei e que ainda adoro e por isso mesmo é um tanto doloroso pensar que nunca mais terei algo de novo relacionado diretamente a essas obras, principalmente com relação a Yu Yu Hakusho e Full Metal por serem histórias que poderiam facilmente ser continuadas (mesmo eu acreditando que ambas terminaram na hora certa). O caso de Dragon ball é um pouco diferente, porque houve a continuação com Dragon Ball Z e agora todo esse mundo fantástico está de volta com o Dragon Ball Super (e não me importo de ser um verme, pois eu realmente me sinto bem ao ver esse anime).

Minha vida não seria mesma sem esse anime

Minha vida não seria mesma sem Evangelion

Psicologicamente acredita-se que recordar tem muitas vantagens. Permite conectar todos os eventos (o que fazia, o que era, seus amigos, seu trabalho, sua música…) e tornar as transições de sua vida menos dolorosas.

Retirado do texto Algumas teorias de porque sentimos nostalgia do site Negócio Digital

Nesse ponto, basicamente a nostalgia é importante para formar seu caráter e seu senso crítico, além de facilitar a compreensão de que certas experiências passadas podem ser revividas e com isso é possível aceitar melhor novas experiências.

Certamente eu não seria o fã de anime que sou hoje se não fosse DNA² também.

Certamente eu não seria o fã de anime que sou hoje se não fosse DNA² também.

Partindo dessa ideia e trazendo novamente para o lado do fã de anime, é claro que certas obras são nostálgicas por terem proporcionado experiências únicas que abriram nossos olhos para compreender melhor o universo da animação japonesa e também foram marcantes para determinar se gostamos ou não disso. Por isso mesmo pessoas que não tem nostalgia relacionadas a animes que viram após à infância e possivelmente fora da tv, seja por vhs, dvd, internet e etc, não se tornaram e provavelmente terão dificuldade de se tornar fãs de anime com o passar dos anos.

Também vale destacar que a nostalgia nem sempre é ligada a uma obra em si, mas ao momento, por exemplo, todos que conhecem meu lado otaku ao menos um pouco sabem que eu não gosto do anime Avenger, mas por eu tê-lo visto em uma época em que eu estava realmente devorando todo tipo de anime e por ele ter sido um dos primeiros, senão o primeiro, que nem com o maior senso de descrença possível eu consegui gostar, certamente eu sinto nostalgia ao lembrar dele, afinal o momento fã de animes é uma lembrança boa, mesmo que o anime em si não fosse. Outros animes importantes que me  provocam muita notalgia ao recordar e que me ajudaram a formar meu caráter como fã de anime, e até como pessoa em alguns casos, foram Buck, Dna², Samurai X, Evangelion, Green Green, Azumanga Daioh, Chobits, GTO e Hotaru no Haka.

Esse anime tem um dos heróis que mais gosto.

Esse anime tem um dos heróis que mais gosto.

Mas, por que não sentimos nostalgia por todo nosso passado? Por que escolhemos alguns momentos e não outros?

Uma maneira de explicar é mediante a curva de recuperação de memória. Segundo estes estudos, o período em que mais codificamos memórias se situa entre os 15 e 30 anos. Podemos notar, que estas são as épocas que, normalmente, geram mais nostalgia: além de que na juventude nosso corpo e mente estão mais frescos, é o momento em que vamos formando nossa identidade como pessoas autônomas e quando acontecem toda sorte de acontecimentos. Ainda cabe mencionar que a nostalgia pode também ser uma forma de idealizar o passado. Às vezes acontece de desfrutarmos mais de uma lembrança, do que da própria vivência.

Retirado do texto Algumas teorias de porque sentimos nostalgia do site Negócio Digital (Vale a pena ver com  atenção essa parte do vídeo Why Do We Feel Nostalgia?)

Por isso é muito comum que fãs de filmes, anime, comics, mangás, livros, bandas de música, sintam muito mais nostalgia e vivenciem mais situações “nostálgicas” nesse período. Por ser uma época de muito aprendizado também é comum idealizarmos muito mais certas obras a primeira vez que a vemos. Apesar de não sentir nostalgia, ou não mais sentir, recentemente ao rever o filme de animação Bungaku Shoujo percebi que idealizei o mesmo como algo muito mais interessantes e até mesmo divertido do que realmente é, pelo menos em minha opinião.

Pokémon-1

Tínhamos mesmo que pegar?

Talvez por esse motivo muitas vezes sentimos certa apreensão em rever algo, ainda mais quando outras pessoas próximas não gostaram tanto daquela obra como você e apresentam bons argumentos para isso. Eu tenho uma grande nostalgia ao relembrar do anime Romeo x Juliet por diversos motivos e realmente gostei do mesmo quando o vi, mas não tenho certeza se gostaria tanto assim caso o revisse. Pokémon é outro anime do qual gostava muito e que me causa até hoje muita nostalgia. Ainda gosto de Pokémon, mas certamente tenho muito mais maturidade para compreender a falta de profundidade e a simplicidade exacerbada dos roteiros que já não me agradam tanto. Certamente minhas lembranças são muito mais interessantes com relação a Romeo x Juliet e Pokémon do que realmente eles o são.

No céu uma constelação...

No céu uma constelação…

Outra maneira de explicar nossa seleção de lembranças é que elas estão completamente influenciadas por nossas emoções e desejos. Somos essencialmente narradores de uma história que contamos para nós mesmos todos os dias… e assim vamos tecendo nossa identidade. Algo como: conte-me suas lembranças nostálgicas e te direi, não quem és, mas talvez quem desejas ser.

Retirado do texto Algumas teorias de porque sentimos nostalgia do site Negócio Digital

Nesse ponto, o vídeo Why Do We Feel Nostalgia? é um pouco mais explicativo ao citar também as falsas memórias, que simplificadamente  são memórias de momentos que nunca vivemos que são construídas pelo cérebro para justificar ou tornar mais compreensível a nós mesmos certas recordações falsas que aceitamos como verdadeiras. Um experimento muito utilizado para auxiliar na comprovação da existência dessas memórias consiste em mostrar várias fotos da infância de uma pessoa para essa e perguntar o que ela estava fazendo quando tirou aquelas foto. Porém uma das fotos é uma montagem. Em praticamente 100% dos casos a pessoa conta suas lembranças sobre essa foto. isso não significa que a pessoa está mentindo, mas que o cérebro dela construiu uma memória de um momento que ela nunca viveu com base em informações que ele possui sobre como a pessoa é e como era no suposto momento em que o acontecimento falso deveria ter ocorrido.

Tudo isso foi importante ser dito para podermos citar que muitas vezes nós não apenas temos lembranças melhores que a experiência vivenciada, mas muitas vezes nós construímos certas memórias de momentos que não ocorreram para engrandecer a lembrança de certa obra nostálgica. Já vivenciei situações dessas com obras como Cavaleiros do Zodíaco e Beck por exemplo. Com Cavaleiros do Zodíaco isso ocorreu como uma forma inconsciente de explicar o porque eu gostava tanto desse anime e não gosto mais. Hoje em dia apenas sinto nostalgia ao lembrar de Cavaleiros do Zodíaco, afinal vi essa série no momento de descoberta das animações japonesas (ainda que meu primeiro anime seja Doraemon). Fora que realmente há momentos icônicos nesse anime. Já quanto a Beck, não fosse eu tê-lo re-assistido tantas vezes eu quase não notaria a simplicidade de boa parte da animação. Nas primeiras vezes que vi o anime eu realmente construi memórias de que o anime era tão bom que era muito bem animado e quem viu o anime sabe que não é bem verdade. Eu ainda adoro Beck, apenas não confundo mais tanto a alta qualidade do roteiro, da parte sonora e dos diálogos com a qualidade de animação.

Eu me emociono toda vez que relembro dessa cena.

Eu me emociono toda vez que relembro dessa cena.

Bom, a nostalgia e as emoções que ela provoca e a música e a dança e ter canções gravadas na cabeça, tudo gira ao redor de um tema em comum: Sua identidade. Porque em termos físicos, quem é você? Todo dia você perde átomos e adquiri outros novos… Demora por volta de cinco anos para substituir todos os átomos do seu corpo, o que significa que a matéria que chamamos “Você” hoje não era parte de você a cinco anos… Você e, na verdade todas as pessoas, são apenas um grupo temporário de átomos e moléculas que conservam o mesmo nome o tempo todo… Então, o que é constante? O que é você?

A nostalgia, recordar o passado com carinho, responde essas perguntas, ou ao menos, aplaca a ansiedade que elas provocam. Em uma escala macroscópica você está sempre mudando. Tem amigos diferentes, comportamentos diferentes, estados de humor diferentes, diferentes gostos o tempo todo… a nostalgia lhe permite ligar esses eventos…

Retirado do vídeo  Why Do We Feel Nostalgia? do canal do youtube VSauce.

Sentir nostalgia é mais importante do que se imagina e isso me faz pensar que não é tão ruim assim senti-la e às vezes vale a pena um relançamento de um bom anime. Como de praxe, termino o texto com alguns questionamentos (nenhum deles é a pergunta fundamental, infelizmente). Quais animes te provocam nostalgia? Enfim, você acredita que sentir notalgia é algo bom ou ruim? E você também ficou com vontade rever alguns animes que gosta muito após ler esse texto?

Enfim, está na hora de me despedir. Continuarei em busca da pergunta fundamental, afinal a resposta todos nós já sabemos.  Até mais!

Pensador Otaku: Como vemos os animes com o passar do tempo?

Boa noite! Boa madrugada! E bom dia! Está no ar mais uma edição da coluna mais pensante e pessoal desse blog. Bem vindos a meu cantinho do pensamento! Aconchegue-se em um poltrona e beba um pouco de chá, café ou cappuccino antes de começarmos a confabular sobre o tema dessa edição!

Você meu caro leitor com seus mais de 20 anos, provavelmente à tempos atrás nunca imaginaria que o youtube poderia ser uma dos melhores players de músicas gratuitos da internet (Sim! Eu estou ouvindo música de minha playlist de animes no youtube!). O tempo voa, as perspectivas mudam, as facas ginsu já não cortam como antes e aquele produto que mascarava arranhões de carros, fazendo seu veículo ficar mil dólares mais valioso, já não atrai mais tanta atenção (saudades de esperar a hora dos animes na Manchete…). Enfim, o mundo muda e nós mudamos com ele e o que mais muda é o nosso jeito de ver as coisas. A um tempo atrás tudo que a franquia Velozes e Furiosos precisava para chamar a atenção era meia dúzia de carros tunados e umas cinco ou seis corridas em alta velocidade no meio das ruas estranhamente vazias de Los Angeles ou New York. Agora certos filmes de Transformers tem menos ação e menos explosões que os mais recentes Velozes e Furiosos.

O passado que o presente não nos permite esquecer...

O passado que o presente não nos permite esquecer.

Claro que nossa forma de ver animes com o passar do tempo também muda drasticamente e é impressionante ver novas pessoas nesse universo gostando daquelas obras novas que não conseguimos mais encarar, enquanto que algumas pessoas de gerações mais recentes defendem que no passado os animes eram melhores. É  engraçado rever um anime mais de cinco anos depois e perceber o quanto amava aquela série que hoje não parece nada especial e o quanto odiava aquele anime que hoje é uma de minhas obras preferidas.

Meu anime preferido atualmente é One Piece, porém apenas para conseguir passar dos quatro primeiros episódios eu demorei cerca de cinco anos. Há alguns anos comecei a reler o mangá dessa série e é incrível como tudo aquilo que eu achava chato, repetitivo e arrastado, agora me parece tão essencial, que sem aqueles primeiros arcos eu não consigo me ver gostando tanto dos personagens como gosto hoje. Algo muito similar aconteceu com Full Metal Alchemist, apesar de que menos de um ano foi necessário para observar a grandeza da obra. Por outro lado, todo aquele meu fanatismo por Evangelion, que acompanhou mais de dez anos da minha vida, hoje se resume muito mais a saudosismo e respeito do que a prazer e embora eu ainda me empolgue com os novos filmes da franquia, eu não consigo mais falar que a série de tv, que eu adorei e revi tantas vezes, é boa. Ainda assim a Asuka é minha personagem preferida de todos os tempos!

Esse senhor formou parte do meu caráter...

Esse senhor formou parte do meu caráter…

Agora o que mais me impressiona é com relação as características e aos gêneros de anime que, em certo momento da minha vida, me agradaram tanto e que hoje eu não consigo ver. Além das características e gêneros de anime que não apreciava na infância e adolescência e que hoje eu imploraria para ver de volta. O que me faz perceber que por incrível que pareça, a maturidade que eu ganhei, e que muitos de minha geração, e de uma ou duas gerações depois, ganharam, me faz apreciar obras mais antigas muito mais do que na época em que elas nem eram tão antigas assim.

Um exemplo são as séries de anime policias que muitas vezes misturavam mecha e fantasia e que eu não conseguia gostar na infância, como por exemplo City Hunter, e que hoje eu acho incríveis e detentoras de um humor e de uma narrativa tão interessante que me fizeram redescobrir e adorar ainda mais o gênero Noir (o gênero Noir, não o anime Noir, que eu ainda não gosto). E quanto àquelas ficções científicas malucas dos anos 80 e 90 que eu adorava quando se tratavam de filmes, mas quando eram animes me pareciam tão estranhas que eu não conseguia gostar. Hoje eu as venero como se fossem a oitava maravilha do mundo, apesar de que Detonator Orgun, M.D. Geist e boa parte das obras do U.S. Mangá hoje em dia são intratáveis.

Olha eu reclamando da quantidade de animes de gato na temporada atual e... OK! Gatos são legais!

Olha eu reclamando da quantidade de animes de gato na temporada atual e… OK! Nekomimi são legais!

É importante ressaltar que nem tudo na maturidade se trata de de trocas de gostos e da formação de uma opinião mais sólida sobre as obras que antes eram incríveis e que hoje não parecem nada de mais (Um Abraço Cavaleiros dos Zodíaco!). A maturidade e a experiência ao ver tantas animes (sem querer me gabar, mas são mais de 1300 animes. Se bem que eu conheço um pessoal com 4000 fácil!) me fez apreciar melhor certos detalhes e rever um anime muitas vezes se torna uma experiência completamente nova. Eu ainda me surpreendo toda vez que revejo alguns episódios daquelas comédias colegiais despreocupadas da primeira metade da década passada, como Azumanga Daioh, que me fazem rir que nem um maluco e muitas vezes por motivos que eu nunca tinha reparado antes. Na obra supracitada há uma cena absurda em que uma personagem troca uma frigideira por uma faca e quase mata sua professora. Eu juro que na época que vi esse anime a primeira vez eu não entendi a piada, mas hoje ao mencioná-la aqui eu não consigo parar de rir.

Ainda sobre o como a maturidade e a experiência ao ver animes melhorou meu jeito de vê-los, hoje eu consigo ver o lado irônico e positivo de seriados bizarros e trashs como Jojo’s Bizarre Adventure, que vão além do nonsense que eu sempre adorei. E eu passei a gostar ainda mais do nonsense agora que eu consigo identificar o sub-texto por trás de vários dos elementos dessas obras. Hoje eu aprecio muito mais uma obra que me faz parar e pensar horas e horas sobre o assunto, enquanto que antigamente eu apenas queria ver lutas e mais lutas.

Essas fadinhas...

Essas fadinhas…

Um ônus relacionado a experiência ao ver muitas obras, porém, é a saturação com relação a certas coisas que um dia eu já gostei muito, ou pelos menos um pouco, como o ecchi, as obras colegiais, o slice of life  e os animes com muita ação. Hoje se esses elementos são muito importantes para a obra, eu já tenho um pé atrás com o anime e embora haja obras ainda muito boas com essas características sendo lançadas hoje em dia, eu não consigo mais me empolgar tanto se não houver algo diferente que me atraia nesses animes.

Em contra partida, uma outra vantagem, é que hoje eu não vejo mais só a história e a animação como os elementos mais importantes de um anime e consigo apreciar muito mais uma dublagem bem feita, uma trilha sonora envolvente, um design de personagens bem feito e/ou diferente do convencional, um cenário bem desenhado, efeitos de luz bem aplicados e outros elementos que praticamente passam despercebido de você quanto é mais jovem,  que vale para todo e qualquer produto de mídia visual.

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Imaginem a musiquinha do Zelda quando você pega a Master Sword

Eu poderia ficar aqui por horas e horas falando da minha visão sobre animes quando era um jovem Sasahara_Onishi e como agora é outra ao ser um minimamente mais experiente JuniorKyon, mas a ideia desse texto, como a dos outros textos dessa coluna, não é nem criticar, nem necessariamente ensinar algo. Tudo que eu espero com esse texto é ter aberto um pouco a mente dos leitores para que possam refletir sobre o tema aqui apresentado e ver que é natural gostar mais de um anime antigo hoje em dia e também desgostar de um anime que amava antigamente. Em cada época de sua vida a sua visão sobre algo não é certa ou errada, na verdade ela depende das suas vivências. Claro que uma pessoa mais madura e experiente consegue atentar a mais questões que uma pessoa mais jovem, porém essa mesma pessoa é provavelmente menos aberta a novas descobertas. Talvez por isso seja tão importante manter sempre integrada as diversas gerações, já que nem sempre apenas uma visão é adequada.

Vale ressaltar que muita gente abandona os animes a medida que amadurece, será que essas pessoas também tem uma visão tão mudada sobre os animes que viam na infância e adolescência em detrimento de algum episódio aleatório de um anime que viu hoje em dia? Eu me pergunto isso porque eu acho estranho meu antigo chefe, que não via anime na adolescência, gostar de Naruto e não de Death Note, enquanto que eu acredito que o segundo é bem mais interessante que o primeiro exatamente devido a algumas questões que só percebo por ser um adulto (Hoje em dia eu acho Death Note mediano e não gosto de Naruto, mas respeito quem gosta! Morte aos rótulos, naruteiros não mais!).

É difícil aceitar que a proposta dele é racional. Felizmente a moralidade  o respeito a vida e me faz desgostar desse personagem.

É difícil aceitar, mas a proposta dele é racional. Felizmente a moralidade o respeito a vida me faz desgostar desse personagem.

Para finalizar, espero que tenham gostado do texto e se possível coloquem nos comentários o que pensam sobre essa mudança de visão sobre os animes pela qual passamos a medida que amadurecemos e que ganhamos mais experiência. E antes que me taxem de muito velho por tudo que citei no texto, eu estou prestes a completar apenas a minha 27ª primavera.

 

Kyoudai Podcast – Personagens Femininas de Anime/Mangá e Death Parade 8 e 9

Podcast em parceria entre o Anime Portfolio, Netoin e Animecote com a participação de Evilasio Junior (@JuniorKyon), André Castro (@JoystickVivant) e Carlírio Neto (@cnetoin). Nessa edição falamos sobre Personagens Femininas de Anime/Mangá e também comentamos mais dois episódios do anime Death Parade.

Blocos:
00:00:00 – Comentários da última edição
00:07:30 – 5 Personagens femininas de anime/manga que cada um dos participantes gostam.
01:14:45 – Death Parade episódios 8 e 9

Para baixar o áudio e escutar depois recomendo usar este site: http://www.youtube-mp3.org/

Kyon News (26/12/2014)

Coletânea de boas festas - Parte 1

Coletânea de boas festas – parte 1

Olá! Aqui é o Administrador do blog e enquanto o Kyon não se recupera das festas, continuo eu mesmo trazendo as edições diárias da coluna Kyon News! Hoje temos três novidades de mangá, quatro de anime e uma notícia triste. Sem mais delongas vamos as notícias…

(mais…)

Yopinando Shinbun 90: E realmente vai ter o Will Smith…

Quanto tempo até ele tirar a máscara?

Quanto tempo até ele tirar a máscara?

Yo! Está no ar mais uma edição do podcast mais visionário da podosfera mundial, o Yopinando Shinbun. Nessa edição estiveram presentes apenas eu (Evilasio Junior) e o Luklukas_, mas nem por isso foi uma edição menos homérica que as anteriores. Enfim, o Will Smith vai ser o pistoleiro e o Luk errou…

Dessa vez nós apresentamos nossas impressões, dentre outras coisas, sobre o trailer do novo Star Wars, sobre o filme mais recente da franquia Jogos Vorazes, sobre o final do mangá de Evangelion, sobre Hora de Aventura e sobre a morte de Roberto Gómez Bolaños, e isso tudo apenas na introdução. Também falamos sobre um assunto polêmico na parte de notícias, sobre o elenco confirmado do Esquadrão Suicida, que inclui o Will Smith, aquele que o Luk insistia que não iria participar do filme, e sobre as declarações de Guillermo Del Toro a cerca do segundo Pacific Rim. Na parte de indicações o Luk falou de mais dois jogos e eu sobre um filme e sobre um documentário de ficção científica. Por fim, também apresentamos as nossas sempre divertidas considerações finais. Esse é mais um podcast excelente para o fã de cultura visual e talvez para o não fã também.

Após ouvir mais este podcast feito com todo o carinho por nossa equipe, comente os assuntos aqui tratados e chutem por quanto tempo o Will Smith usará máscara no filme do Esquadrão Suicida? Também sigam os twitters @Yopinando e no @AnimePortfolio para conferir novidades interessantes e comentários aleatórios.

Ainda estamos recrutando novos membros para a equipe do podcast, interessados cliquem AQUI.

Duração: 01:01:35

Podcast: Download Alta Qualidade (42,3 mb) | Download Média Qualidade (28,2 mb)

Feed de Podcasts do Yopinandohttp://feeds.rapidfeeds.com/45097/ | Clique aqui para ver os podcasts do Yopinando no Itunes.

Blocos:

  • 00:00:00 – Introdução
  • 00:18:30 – Notícias
  • 00:37:08 – Indicações
  • 00:57:55 – Considerações Finais

Notícias: 

Indicações:

Kyon News (21/11/2014)

Melhor Abertura da Temporada: Hikaru Nara (Shigatsu wa Kimi no Uso)

Olá! Eu sou o Administrador do blog e está no ar mais um Kyon News! Hoje temos novidades de mangá, anime e um produto curioso. Vamos as notícias…

(mais…)

Kyon News (05/09/2014)

Kyon2

Olá! Esse é mais um Kyon News e hoje é um dia com um número razoável de notícias tanto de anime quanto de mangá, na verdade, mais de anime. Enfim, o administrador do blog tem aula pela manhã e está pedindo para eu não me estender demais. Vamos as notícias…

(mais…)

Pensador Otaku: Dar para ser otaku fora do Japão?

Bom dia, boa tarde e boa noite! Hoje é dia de mais pensamentos sobre o universo otaku, ou sobre o que achamos que ele é. Você, meu caro leitor que não mora no Japão (segundo as estatísticas do wordpress, vez por outra alguém acessa esse blog do Japão), na tentativa de tornar mais forte seu espírito otaku, já deve ter se deparado com diversas barreiras, que vão desde a dificuldade em conseguir materiais que lhe façam upar (ou subir) de nível, até a barreira da língua e algumas vezes a falta de conhecimento cultural que não lhe permiti compreender certas referências apresentadas  nas obras que acompanha ou que acompanhou. Nós que não vivemos em terras nipônicas e nem em terras próximas destas, sempre temos alguma dificuldade para explorar ao máximo as possibilidades de nosso hobby, pelo simples fato de que estamos fora do país de onde ele se origina! E não pensem que a globalização resolveu esse problema, pelo menos não resolveu por completo, pois ainda estamos a mercê da influência e principalmente da boa vontade dos “grandiosos” japoneses (e de alguns outros asiáticos) para nos mantermos atualizados em nosso hobby, ainda assim dificilmente chegamos perto de estarmos tão atualizados quanto eles, diante de tudo isso, será que não somos apenas fãs atrasados de uma cultura estrangeira? Será que realmente podemos nos autointitular otakus? Afinal, dar para ser otaku fora do Japão?

Você não é japonês, pare de fingir!

Você não é japonês, pare de fingir!

A alguns meses atrás acompanhei um anime chamado Outbreak Company, uma obra de fantasia onde o protagonista, um jovem adulto e otaku, passa a trabalhar para o governo do Japão como emissário da cultura otaku em um outro país localizado em um mundo de fantasia medieval que descobriu-se está ligado ao Japão através de uma fenda espaço temporal ou coisa parecida. A ideia de apresentar a cultura otaku a essa nação partia do pressuposto que ela é um exemplo comprovado de um tipo de expressão cultural advinda do Japão que influencia muitas pessoas no mundo todo. O anime se atém a comédia em boa parte do tempo, mas apresenta bem o poder de influência da cultura otaku e em certo momento ele levanta rapidamente a discussão sobre o como esse novo país se ver “refém” do controle de material otaku feito pela nação japonesa, mas ou menos como se isso fosse uma droga a qual as pessoas deste país de fantasia medieval se acostumaram a provar e então passaram a sentir cada vez mais necessidade de consumi-la. Dado as devidas proporções e tendo em mente o teor ficcional da obra, podemos dizer que ela, embora tenha suas diferenças, apresenta basicamente o que os otakus fora do Japão sentem. No anime é dada uma solução plausível e fácil de identificar para esse problema, que até muitos tentam aplicar no mundo real, mas existe  um série de entraves que tornam difícil realmente aplicar essa solução…

Uma arma bem perigosa...

Exatamente, apenas relaxe e espalhe o caminho otaku para essas pessoas.

Na última edição dessa coluna, deixei claro que o termo “otaku” pode ser usado de forma a identificar pessoas fãs de anime e mangá (clique aqui para ler a matéria completa) em qualquer lugar do mundo, assim sendo, não há nenhum problema em eu, você, e todos os seus conhecidos que gostam de anime e mangá se autointitularem otakus, porém se minimizarmos a amplitude desse significado para o atribuirmos apenas a pessoas que de fato acompanham o mundo dos anime e mangas, mesmo que com não muita frequência,  veremos que esses “reais otakus”, incluindo, eu, você e seus conhecidos que realmente acompanham o que chamamos de “cultura otaku”, ainda hoje estão a mercê do que o Japão, ou do que as pessoas que lá moram, nos permitem conhecer. Por mais que tenhamos chegado a um status em que acompanhamos informações quase que ao mesmo tempo que as pessoas que moram em terras nipônicas, nós jamais estivemos integrados a cultura otaku, ou melhor, nós jamais fizemos parte dessa cultura como eles. Podemos mensurar e até tentar vivenciar como é a experiência de ser um otaku no Japão, porém não temos como realmente viver essa experiência por completo, a não ser que passemos a morar lá, pelo simples fato de que não temos acesso a todos os materiais que essa cultura gerou e que continua gerando, repito que estamos a mercê da boa vontade daqueles que moram no Japão, pois eles ditam as regras de quais destes materiais vão ser apresentados a cada canto do mundo, mesmo que em se tratando de distribuições não oficiais.

Apenas mais uma experiência que não tivemos!

Apenas mais uma experiência que não tivemos!

Não dar para dizer que o material que temos a disposição fora do Japão é escasso, na verdade temos sim material suficiente para sustentarmos o nosso hobby (ou vício), porém estamos longe de podermos vivenciar a cultura otaku como os japoneses o fazem. Provavelmente podemos afirmar que dar para ser otaku fora do Japão, mas não dar para sê-lo do mesmo modo como um otaku que vive no Japão o é, o que talvez não seja tão ruim, pois não tendo a influência da sociedade nipônica, somos capazes de perceber uma série de coisas sobre as obras que acompanhamos que provavelmente os japoneses não percebem, mas é difícil se equiparar a os japoneses quando não temos sequer a o conhecimento cultural que influenciou as obras de que tanto gostamos, sendo que só poderíamos obter este tipo de conhecimento, vivendo em meio a sociedade e cultura nipônica.

A pérola de minha singela coleção.

Artbook francês da série animada de Evangelion (a pérola de minha singela coleção =D).

Talvez, a única saída para nos equipararmos aos otakus japoneses, seria nos tornando criadores de materiais que mesmo que não possam ser chamados de materiais otakus, são influenciados por estes. Acredito que para expressar o quanto aprendemos com o nosso hobby e para transmitirmos a boa influência que ele nos gera, precisamos arregaçar as mangas e tentarmos criar algo novo a partir de tudo que nos foi ensinado. Ninguém precisa criar um mangá ou produzir um anime para se considerar verdadeiramente  otaku, existem várias formas de transmitir uma mensagem e repassar um bom ensinamento. Enfim, talvez não dê para ser um otaku como as pessoas que moram no Japão, mas não precisamos nos tornar reféns dos materiais advindos de terras nipônicas, podemos tentar compensar a falta destes, criando nossos próprios materiais e por mais difícil que isso seja, um dos principais ensinamentos que a maioria dos anime e mangás tentaram e que ainda tentam transmitir é que não dar para alcançar um objetivo se você em algum momento tiver a intenção de desistir dele.

Sobre Músicas e Animes 14: Animes de 2007

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Muito bons animes e muita boa música no ano de 2007

Yo! Hoje trago a vocês mais uma edição do Sobre Músicas e Animes, o podcast musical mais animado da podosfera nacional e provavelmente um dos que mais tem piadas ruins propositalmente selecionadas. Nessa edição o time estava completo, ou seja, estiveram presentes na gravação eu (Evilasio Junior), o Carlírio Neto do blog Netoin, também conhecido como o padrinho da Otakusfera brasileira, o Luklukas do Chuva de Nanquim e do Yopinando Shinbun, o Bebop e pelo Erick do Animecote e a AnaChan do Anekicorner.

O tema desta edição são os Animes de 2007, um tema que marca a penúltima edição do ano e que a gerou escolha tanto de músicas quanto de animes muito bons. Então escutem esta edição e descubram a verdade por trás do jeito sempre alegre das personagens de Hidamari Sketch, além de conferir muita musica boa, algumas piadas ruins, boas dicas de animes e muito bom humor.

Depois de escutar o podcast abaixo não deixem de comentar! Vocês também podem entrar em contato conosco pelo e-mail bloganimeportfolio@gmail.com.

Podcast: Download Alta Qualidade (53,7 mb) | Download Média Qualidade (35,8 mb)

Duração: 01:18:13

Podcast em particionado por música: Download (acesse o link e escolha a parte que quer escutar)

Feed de Podcasts do Yopinando: http://feeds.rapidfeeds.com/45097/

Blogs participantes desta edição:

Músicas indicadas neste podcast:

  • “Mebae Drive”, Hidamari Sketch
  • “Hikari no Machi”, The Skull Man
  • “Bamboo Beat”, Bamboo Blade
  • “Dirty”, Majin Tantei Nogami Neuro
  • “Joint”, Shakugan no Shana
  • “Cyclone”, Romeo x Juliet
  • “Yumemiro Otome”, Doujin work
  • “Shine”, Serei no Moribito
  • “Kagen no Tsuki”, Mononoke
  • “Ookami no Nodo”, Zombie-Loan
  • “Megumeru ~Cuckool Mix~”, Clannad
  • “After Dark”, Bleach
  • “Daybreak’s Bell”, Mobile Suit Gundam 00

Tema de abertura dessa edição:

  • “Winterlong”, Juushin Enbu: Hero Tales

BGM’s:

  • Evangelion 1.0 OST