O ogro azul dos fãs de anime e mangá…

Certamente, um santo!

Certamente, um santo!

Hoje é dia de conhecer um santo em forma de espírito raposa (Kitsune), uma pessoa que faz de tudo pelos seus amigos, que só sabem usá-lo. Uma pessoa, ou melhor, uma alma que até quando quer parecer mal acaba sendo bom. Um “jovem” adulto em seus tenros 25 anos (mais algumas centenas ou milhares). Hoje é dia de falar de um do mais incríveis espíritos que os animes e mangás já tiveram o prazer de apresentar, hoje é dia de homenagear o único Kokkuri-san.

Kokkuri-san em sua bela versão feminina.

Kokkuri-san em sua bela versão feminina.

Ficha técnica

Nome em Japonês: コックリさん
Apelidos: Kitsune, Kitsune-dono
Idade em sua primeira aparição: 25 anos + algumas centenas
Adora: Ichimatsu Kohina
Não gosta: Ramén e Yamamoto-kun
Mangá/Anime do qual faz parte: Gugure! Kokkuri-san
Antigo emprego: Espírito que respondia perguntas de pessoas e/ou as amaldiçoava.
Emprego atual: Espírito que responde perguntas da kohina e dona de casa ou empregado doméstico.

Kokkuri-san apareceu a primeira vez para o estrelato no capítulo 01 do mangá Gugure! Kokkuri-san, de Midori Endou, lançado em 22 de julho de 2011 e em publicação até hoje. Como muitos personagens de mangá ele virou um fenômeno de popularidade após aparecer na adaptação de seu mangá para anime, adaptação essa que estreou em 5 de outubro de 2014 e terminou em 23 de dezembro do mesmo ano.

Kokkuri-san não é exatamente o verdadeiro nome deste santo personagem, na verdade no Japão existe uma certa “brincadeira” de invocação de espíritos chamada Kokkuri-san, no qual o espírito chamado genericamente de Kokkuri-san é invocado pela pessoa em porte de uma moeda e de um papel com as inscrições sim (はい)  e não (いいえ) separadas pelo desenho de um portal Shintoista sobre os 10 números básicos e sobre as sílabas em hiragana que compõem  o alfabeto japonês. Esse espírito deve ser chamado 3 vezes e ele irá responder uma pergunta movimentando a moeda por cima das silabas ou números do papel, infelizmente essa “brincadeira” nem sempre funciona e às vezes tem efeitos bem ruins. No nosso caso ela foi praticada por uma solitária jovem, que diz ser uma boneca, chamada Ichimatsu Kohina.

No caso, o Kokkuri-san é um espírito raposa (Kitsune) que decidiu ajudar Kohina em seu dia-a-dia após ser invocado pela mesma. A família de Kohina tem bastante ligação com o sobrenatural, por isso ela facilmente consegue atrair espíritos e o Kokkuri-san é um espírito de meia idade que sente pena de Kohina e da vida dura que ela leva sozinha tendo a acompanhado por vários anos sem que ela soubesse (ok, a primeira vista ele é stalker). Finalmente em contato direto com a jovem ele decidi cuidar da mesma fazendo as tarefas de casa e tentando ajudá-la a parar com a mania de agir como boneca, uma ilusão que ela criou para tentar não se machucar, afinal, como ela mesmo diz, bonecas não tem sentimentos, mas também não deveriam comer e Kohina é uma viciada em ramém, inclusive nosso nobre Kokkuri-san sempre que pode tenta impedi-la de comer este tipo de alimento, pois ela é uma jovem em crescimento e precisa de alimentos mais nutritivos.

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Versão espírito raposa do Kokkuri-san.

A vida com Kohina por si só já é um desafio para Kokkuri-san, mas tudo piora quando o espírito de um cachorro que se apegou a Kohina vem morar com eles, pois, o tal Inugami-san, com exceção de Kohina, por quem é apaixonado, odeia tudo  incluindo Kokkuri-san que acaba por ter de cuidar também deste novo integrante da família, que apenas judia da pobre raposa.  E para piorar um outro espírito dessa vez de tanuki, ainda mais vagabundo que o anterior e que geralmente causa problema para as família a qual se apega, passa também a viver com ele Kohina e Inugami e sendo Kokkuri-san essa boa alma que é, ele também irá sofrer com os abusos deste que chamam de Shigaraki.

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Uma pobre alma chega a seu limite!

Uma das qualidades mais interessantes de Kokkuri-san é sua capacidade de ajudar os outros, mesmo quando estes não o respeitam, também é incrível a sua capacidade manter unida uma “família” tão diferente e cheia de complicações e também é louvável sua dedicação para proteger Kohina de pessoas ruins, embora geralmente ele acabe em mais perigos do que ela.  Kokkuri-san não só lava, passa, limpa, cuida de todo mundo, como também é amigável com os vizinhos, ajuda nos mutirões de limpeza e tenta se manter com uma boa imagem, mesmo com a idade, que por sinal ele diz não passar de 25 anos, mas sabe-se que esse número deve está incorreto por algumas centenas ou milhares de anos de diferença da realidade. Não obstante sua necessidade de lhe dar com as pessoas estranhas que moram sobre o mesmo teto que ele, ele ainda é único capaz de perceber que Yamamoto-kun, o amigo e colga de classe de Kohina, de quem ela gosta, é provavelmente um ser vindo de outro planeta. Ainda há os perigos oferecidos pela convivência  com outros espíritos que cercam a jovem e que não dão sossego a Kokkuri-san, fora o fato de a própria Kohina se mostrar bastante cruel com seu espírito protetor em certas situações.

Não pensem, porém, que a vida deste espírito, que mais parece um anjo da guarda ou um santo, é apenas tristeza e desprezo, na verdade sempre há uma pitada de diversão e de momentos bons que marcam a vida deste e por isso ele defende esta união familiar conturbada dele, de Kohina, de Inugami e  de Shigaraki, ainda que estes prefiram mais, respectivamente, um ramém especial, o amor da Kohina e sair com muitas mulheres…

"...KEMOKEMOKEMO Kemokemoke ..."

“…KEMOKEMOKEMO Kemokemoke …”

Enfim, por todo o trabalho duro e pela diversão que ele nos traz, sem dúvida Kokkuri-san merece o título de Personagem Símbolo da Animação e dos Quadrinhos japoneses.

Olá pessoal, como estão? Bem vindos a mais uma resenha, desta vez do mangá Dororo, do Deus do Mangá, Osamu Tezuka.

(Obs: Essa resenha refere-se aos volumes 1 e 2)

História

No Japão Feudal, havia um vassalo de um general samurai, chamado Daigo Kasemitsu. Em busca de poder sobre o Japão ele oferece a 48 demônios, 48 partes de seu filho que está para nascer. O pacto é feito, e devido a isso o bebê nasce sem partes importantes de seu corpo (Braços, pernas, olhos…) e é descartado num rio, de onde um médico o encontra, e comovido pela situação da pobre criança, constrói as partes que faltam do corpo do menino, fazendo ele aparentar uma pessoa normal.

Com o passar do tempo, a criança (Agora chamada de Hyakkimaru) passa a utilizar bem suas próteses, se tornado um espadachim habilidoso. Mas ele descobre que para recuperar sua humanidade e as partes de seu corpo perdidas e se livrar de uma maldição, ele precisa matar esses 48 demônios. Então, ele parte em uma jornada em busca deles. No meio da jornada, ele encontra Dororo, um ladrão (Seu nome significa Pequeno Ladrão Andarilho) que passa a acompanha-lo com o objetivo de roubar sua espada, mas sem querer, eles formam um forte laço de amizade.

Análise

Tezuka com essa obra consegue mostrar bem aos leitores como é uma guerra, e pode-se dizer que esse é o objetivo principal do mangá. No decorrer da história as desgraças causadas por ela são mostradas, como crianças que perderam os pais, cenários destruídos, pessoas sendo mortas praticamente sem motivo… Apesar disso, a história é focada principalmente na aventura e em belas lutas de espadas, com alguns momentos de terror, um terror fraco, que no máximo causa um sustinho aqui e ali e deixa um clima de tensão na história.

Pode-se dizer que o pouco suspense que há, fica por conta de algumas histórias curtas que acontecem de vez em quando, uma que gostei bastante é a da vila em que quem vê um certo yokai (Um tipo de demônio) é preso, e depois morto. Nesse mangá é possível perceber características de shonens que são usadas até hoje, como a amizade, coragem e tudo mais.

A arte de Tezuka melhorou consideravelmente comparado a uma outra obra que li dele, Crime e Castigo (Da qual você pode conferir a resenha aqui), essa que foi publicada 15 anos antes. O destaque fica para os cenários e os demônios que Hyakkimaru e Dororo enfrentam. Uma coisa estranha da arte é que o sangue são tipo umas bolotas, e não sangue mesmo.

O material físico da NewPop está belíssimo como sempre, capa cartonada, papel Off-set, orelhas, e tudo mais. Realmente faz valer os 24,90 gastos. Mais um comentário, essas capas do Tezuka da Newpop são demais, vocês não acham? O design, as cores… São muito lindas. Também há um filme do mangá, se você assistiu, comente aí sua opinião.

Dororo conta com uma história bem desenvolvida, e uma boa arte, infelizmente falha em despertar curiosidade do leitor no que acontecerá a seguir. E o terror e suspense que diz-se ter, é fraco, e o mangá acaba se tornando uma história de aventura (Não que isso seja um ponto negativo, mas se você buscar uma história de terror ou adulta, pode esquecer).

Se você comprar Dororo, ficará satisfeito com a leitura, mas se deixar de comprar, não fará falta.

Dororo – Nota: 8.0

Então é isso, até depois pessoal!

Frio...

Frio…

Olá! Eu sou o Administrador do blog e está no ar mais um Kyon News! Hoje temos duas novidades de mangá e duas novidades de anime. Também temos no fim do post a lista de animes lançados nessa segunda-feira no Cruncyroll.pt e as legendas disponibilizadas nessa segunda-feira por fansubbers nacionais. Sem mais delongas, vamos as notícias…

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Podcast em parceria entre o Anime Portfolio, Netoin e Animecote com a participação de Evilasio Junior (@JuniorKyon), Carlírio Neto (@cnetoin) e Bebop (@animecote). Nessa edição falamos sobre a importância ou não de Ao Haru Ride para a melhora da imagem dos shoujos no mercado nacional de mangás e também comentamos alguns dos animes da temporada de Inverno de animes que já saíram.

 

Obrigado!

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Costumes dos diversos locais no Japão 1 : Um acontecimento comum nas noites de Ikebukuro...

Costumes dos diversos locais no Japão 1 : Um acontecimento comum nas noites de Ikebukuro…

Olá! Eu sou o Administrador do blog e está no ar mais um Kyon News! Hoje temos 7 novidade de mangá e um trailer.  Também temos no fim do post a lista de animes lançados nessa sábado no Cruncyroll.pt e as legendas disponibilizadas nessa sábado por fansubbers nacionais. Sem mais delongas, vamos as notícias…

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Premissa de 2015 nº 3: Duplo sentido sem prescedentes

Premissa de 2015 nº 3: Duplo sentido sem prescedentes

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Essa é a primeira edição do AnimecoteCast de 2015 e como já é tradição fizemos nossa seleção de melhores músicas de 2014. Além das músicas também temos o amigo oculto musical, onde cada participante “presentou” outro com uma música surpresa selecionada para a pessoa cantar na hora, ou seja, muita desafinação e vergonha alheia estão presentes nesse cast. Latidos, gritos, palavras estranhas se misturam a pronúncias nunca antes escutadas. Convido você a escutar e a comentar sobre o que achou da nossa cantoria.

Bebop, Evilásio, Erick, Anachan, Carlírio Neto e Luk são os cantores dessa edição.

 

 

Download

 

Links dos convidados:
Anekicorner
Animeportifolio
Chunan
Mina Suki
Netoin!

Link relacionado:
Best Anime Songs 2014

Podcasts relacionados:
AnimecoteCast #20: SoundTracker Animes 2012
AnimecoteCast #28 – Anime Jukebox
AnimecoteCast #44: SoundTracker Animes 2013
Sobre Músicas e Animes 40: Destaques de 2014

 

Clique aqui para acessar o post no Animecote

Uma história de amor muito saudável

Uma história de amor muito saudável

Mirai Nikki é uma obra originalmente publicada como mangá entre 2006 e 2010 na revista Shounen Ace e adaptada para anime em 2011. O universo apresentado brinca desde o primeiro momento com o conceito de divindade, a colocando como prêmio de uma competição de sobrevivência. Uma característica que deuses assumem em Mirai Nikki é a mortalidade. Deus Ex Machina, o deus supremo do tempo e do espaço, que Yuki considera um amigo imaginário inicialmente, está no fim de seu mandato e logo irá morrer. Os escolhidos como candidatos ao cargo são aqueles possuidores de um legítimo diário do futuro, que corresponde aos próprios registros que o usuário faria normalmente, mas deslocados no tempo. As informações contidas nos diários não são um futuro imutável, mas algo que os candidatos, cada um conhecido por um número, podem usar em sua missão de matar os restantes. Ter essa missão não significa que os participantes são assassinos de sangue frio, mas eles são de fato corrompidos pelo processo e por outras circunstâncias.

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Yo! Está no ar a primeira edição de 2015 do Yopinando Shinbun, seu podcast quinzenal sobre Cultura Visual e Batman Feira da Fruta. Nessa edição eu (Evilasio Junior), Luklukas_ falamos na introdução o que fizemos durante o recesso de natal e ano novo, incluindo seriados, filmes e animações que vimos, além de livros que lemos. Nessa edição refletimos sobre Crowdfunding e a falta de bom senso de algumas pessoas que o usa e também de já começarmos 2015 com duas grandes indicações. Tudo isso sempre com aquele bom humor que só o Yopinando Shibun tem.

Após ouvir mais este podcast feito com todo o carinho por nossa equipe, comente os assuntos aqui tratados e nos respondam se sentiram a nossa falta nessas últimas semanas? Também sigam os twitters @Yopinando e no @AnimePortfolio para conferir novidades interessantes e comentários aleatórios.

Ainda estamos recrutando novos membros para a equipe do podcast, interessados cliquem AQUI.

Duração: 01:06:19

Podcast: Download Alta Qualidade (45,6 mb) | Download Média Qualidade (30,4 mb)

Feed de Podcasts do Yopinandohttp://feeds.rapidfeeds.com/45097/ | Clique aqui para ver os podcasts do Yopinando no Itunes.

Blocos:

  • 00:00:00 – Introdução
  • 00:21:24 – Discussão: Crowdfunding e Patreon, o que achamos? E o que nos faz querer apoiar?
  • 00:48:14 – Indicações
  • 01:02:10– Considerações Finais

Discussão: 

  • Crowdfunding e Patreon, o que achamos? E o que nos faz querer apoiar?

Indicações:

Extras:

Eu sou Chalie!

Eu sou Chalie!

Olá! Está no ar mais um Kyon News! Hoje temos duas novidades de mangá, uma de anime e três trailers. Não deixem de conferir também no fim do post os animes lançados nessa quinta no Cruncyroll.pt e as legendas disponibilizadas nessa quinta por fansubbers nacionais. Sem mais delongas, vamos as notícias…

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Mais uma seção? Que ideia hein!?

Mais uma seção?

Olá! Eu sou o Kyon e está no ar mais uma edição da coluna Kyon News! Hoje temos cinco novidades de mangá, uma de anime, um trailer e mais uma notícia triste. Não esqueçam de conferir também os lançamentos dos fasubbers brasileiros e do Crunchyroll.pt no fim do post. Vamos as notícias…

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Premissa de 2015 nº2: Fanservice Sem Prescedentes

Premissa de 2015 nº 2: Fanservice Sem Precedentes

Olá! Aqui é o Administrador do blog e essa é mais uma edição do Kyon News. Estava preparando um material novo para esta coluna e por isso não pude auxiliar o Kyon a lançá-la na madrugada, mesmo assim acho que deve valer a pena essa demora, ao menos para alguns. Numa iniciativa para tentar ajudar alguns órfãos do famoso site AnimeBlade, que já há algum tempo não apresenta a lista de lançamentos das legendas dos animes feitas pelos fansubbers brasileiros, reuni uma lista com mais de 50 fansubs em meu leitor de feed pessoal para poder relatar diariamente a vocês os lançamentos dos mesmos, porém como sou alguém que defende a busca por meios legais de ver animes em português, caso existam,  também divulgarei os lançamentos do Crunchyroll, que ainda é o único site oficial de streaming no Brasil a disponibilizar animes lançados nas temporadas mais atuais a medida que eles são exibidos. Hoje temos também 2 novidades de mangá e 4 trailers. Sem mais delongas, vamos as notícias…

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Premissa de 2015 nº1: O ano das continuações.

Premissa de 2015 nº1: O ano das continuações.

Olá! Aqui é o administrador do blog e está no ar mais um Kyon News! Hoje temos seis novidades de mangá e uma novidade sobre um filme live-action baseado numa animação. Vamos as notícias…

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Olá caros leitores! Faz bastante tempo que não relato como anda a busca pela pergunta fundamental. Devo dizer que ler o livro Eu, Robô de Isaac Asimov (O escritor com as costeletas mais legais do século 20) me ajudou um pouco, ou assim penso. De qualquer jeito mais uma pergunta foi descartada da lista e é mais uma que tem relação com anime e mangá, então é hora de explanar para vocês parte do que ela me fez pensar e esperar o que ela faz vocês pensarem, além de apresentar algumas das outras perguntas que gerei a partir do tema tratado por esta pergunta. Dessa vez essa coluna vai comentar um tema no mínimo incômodo para muita gente e por isso depois de leem esse texto, caso se irritem com o mesmo, recomendo que leiam também o meu texto A resposta é 42: Respeitar não dói. Hoje falarei sobre obras de anime que envelheceram e que envelhecem mal, ou será que o problema é do espectador?

Shiryuuuuuu....

Shiryuuuuuu….

Primeiramente é importante deixar claro que, ao menos do meu ponto de vista, uma narrativa não envelhece, o que muda é o gosto das pessoas ao longo do tempo. É claro que as narrativas mudam de acordo com os interesses mais atuais dos nichos as quais elas são destinadas, mas isso não significa que obras antigas não interessem pessoas novas, apenas estilos narrativos antigos às vezes dão lugar a novos estilos que estão fazendo mais sucesso. Um caso simples de se citar sãos os livros de vampiro A Entrevista com o Vampiro, de Anne Rice, lançado em 1976, e Crepúsculo,de Stephenie Meyer, lançado em 2005, ambos sobre um temática similar, ambos destinados a públicos relativamente similares e os dois tando estilos de narrativa completamente diferentes. Ao mesmo tempo que muita gente adora a história de Crepúsculo, há pessoas que preferem A Entrevista com o Vampiro ainda hoje e o fato de ele ter sido escrito em 1976 não muda nada e nem o faz inferior as obras mais novas.

Uma fantástica obra lançada em 1950 e quase toda escrita dois anos antes.

Uma fantástica obra lançada em 1950 e quase toda escrita dois anos antes.

Eu, por exemplo, adorei o supracitado livro Eu, Robô, de Isaac Asimov, e adoro a trilogia de livros O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien, ambos lançados nos anos 50 e também gosto dos livros da série Crônicas de Gelo e Fogo, de George R. R. Martin, que começaram a ser lançados nos anos 90 e que ainda o são. Essas obras tem narrativas muito diferentes, cada qual com suas peculiaridades relacionadas as épocas em que foram lançadas, mas nem por isso uma é melhor que a outra.

Outra coisa que se modifica, mas não envelhece, de maneira similar a narrativa, é o desenho, porém todo tipo de arte que tem algum tipo de dependência da tecnologia com que foi criada, sofre do problema de envelhecimento.  Estou esclarecendo, que ao menos dos meu ponto de vista, as histórias e o desenho não envelhece nem amadurece e nem sofre qualquer tipo de influência do tempo, na verdade apenas novos estilos e formas de se narrar uma obra ou de se desenvolver um desenho surgem e claro que com isso há uma preferência por um estilo mais moderno em detrimento aos mais antigos, pois a novidade sempre é mais atrativa, o que não desmerece tudo que já foi feito.

Viva os 75 anos de "I'm Batman!"

Viva os 75 anos de “I’m Batman!”

Todo esse prólogo foi desenvolvido para esclarecer o que acredito ser importante focar ao tratarmos do envelhecimento de obras relacionadas a cultura visual, que são os aspectos mais técnicos e como eles podem tornar a experiência de ver algo mais antigo ruim ou, pelo menos, não tão agradável. Também esse prólogo foi importante para esclarecer que esse aspecto afeta muito mais, ou apenas, filmes, seriados e animações e não livros e quadrinhos. Um analogia interessante que posso fazer para exemplificar isto é a série de livros de John Carter de Marte e sua adaptação cinematográfica, o primeiro é uma das obras mais famosas, conhecidas e importantes dentre as histórias de fantasia espacial, já o segundo, mesmo com todo esse fandom que a obra original possui e com todo o potencial que ela tinha sim para ser retratada cinematograficamente, foi um tremendo fracasso e foi bastante criticada por fãs e não fãs da série clássica (e olha que eu nem achei o filme tão ruim assim). Outros exemplos interessantes são os quadrinhos de super-heróis americanos, que mesmo com todas as alterações que sofreram ao longo dos anos, muitas obras tem ao menos a mesma essência que tinham nos anos 40 e muitas das história mais antigas atraem até mais que as novas, independente de todas as mudanças artísticas pelas quais essas obras passaram.

Enfim, é hora de falarmos sobre o que o texto realmente pretende abordar e para tal foquemos principalmente nas séries de animação. Eu acredito que por ter nascido no fim dos anos 80 e por ter passado praticamente toda minha infância nos anos 90 e pelo fato de os anos 90 ainda terem sido uma época em que o material que vinha do exterior para o Brasil, era geralmente de décadas anteriores e por isso eu meio que já fui criado com a predisposição para gostar de obras mais antigas, até porque muitas das séries de animação que passavam e que ainda passam hoje na nossa tv são dos anos 50 a 80 como é o caso dos clássicos da Hanna-Barbera e da Warner Bros. Falando de animação japonesa propriamente, eu vi muita coisa do final dos anos 80 e do começo dos anos 90, obras que até hoje são lembradas, como Dragon Ball e Cavaleiros dos Zodíaco.

O novo que já nasceu velho.

Sidonia no Kishi, um novo anime que já nasceu velho.

Por esse motivo eu tenho uma predisposição maior para tolerar problemas muitos vezes claramente tecnológicos de séries antigas. Uma analogia recente para as gerações atuais são as séries de anime quase toda feitas utilizando CGI, pois ainda hoje muitas dessas séries lembram o CGI dos anos 90 e comecinho dos anos 2000, de modo que é necessário tolerar algo que claramente não é bem feito. Obviamente existem muitas questões orçamentários por trás do uso de tecnologias mais antigas que na verdade geralmente não são tão antigas apenas simplificadas para diminuição de custo. Nem sempre é uma questão de fazer de qualquer jeito, mas simplesmente uma questão de que fazer muito bem feito custa bem mais. Estranhamente em se tratando de CGI o público Japonês tem uma tendência a tolerar facilmente efeitos ruins ou não tão bons, muitos filmes atuais podem servir para exemplificar isto e não pensem que os japoneses não sabem fazer uma boa CGI, os jogos de video-game e muitos trabalhos publicitários provam que eles sabem muito bem usar a CGI.

Já que é possível tolerar e se existem obras com tecnologia antiga que ainda gostamos muito, porque então tratar dessa questão sobre obras envelhecerem mal? Afinal, não é só uma birra de alguém que não gostou da obra e por isso diz que a culpa é de ela ter “envelhecido mal”? Creio eu que não é bem por aí. A tolerância não é exatamente algo que seja ilimitado e que podemos exercitar sempre e o tempo todo, até porque muitas vezes não há uma boa desculpa que lhe faça tolerar o envelhecimento de uma obra sem se irritar. Não é uma questão de tolerar que nos anos 80 se achava que nos anos 2000 teríamos carros voadores, muitas vezes é uma questão de ser mal feito mesmo e sem um bom motivo. Para tentar provar meu ponto de vista vou usar duas questões mostrando obras que acredito que envelheceram mal e obras que praticamente o tempo entre a época que foram criadas e hoje não é um problema para a apreciação delas.

Final Fantasy: Unlimited

Final Fantasy: Unlimited

Falando sobre obras que praticamente já nasceram velhas e isso as prejudicou (a meu ver), cito duas pérolas pouco conhecidas do público ocidental, Final Fantasy: Unlimited, de 2001, e Gokusen, de 2004.

A primeira vem de uma série de jogos de fantasia extremamente famosa que provavelmente vocês já ouviram falar, uma tal de Final Fantsy. Esse anime é claramente uma obra dos anos 80 ou começo dos 90 no século 21, não exatamente pela narrativa (apenas), mas por tudo que a cerca. Por sinal não se engane com a imagem acima, pois o character desisgn da obra não é bem esse aí. E nem dar pra dizer que desrespeitaram a franquia de jogos e fizeram algo plenamente diferente, porque na verdade entupiram o anime até demais com referências aos jogos, mesmo assim não dar para esconder que o trabalho foi muito mal feito, numa época em que muitas obras de fantasia similares saíram, ou pior, não dar para esconder que muita coisa feita nos anos 80 e 90 foram muito mais bem feitas com um restrição orçamentária e tecnológica muito maior do que o que essa série tinha.

Gokusen

Gokusen

Falando de Gokusen, essa é uma obra que veio de um mangá bem interessante sobre uma professora que é neta de um chefão da Yakuza e que tem de esconder isso de todos, enquanto tenta disciplinar uma turma desajustada de estudantes. O mangá é bem interessante, as séries de dorama que a obra inspirou fizeram bastante sucesso (eu também gosto bastante dos dois primeiros doramas), mas o anime… Séries como Gokusen não eram novidades na época, nem por isso elas eram taxadas como antigas, veja o exemplo de GTO de 1999, que ainda com suas limitações é extremamente superior em qualidade de arte e animação a Gokusen. Gokusen é um triste caso de série feita com uma estética já meio velha para época, parece uma série do começo dos anos 90 e com uma animação de alguns anos antes, o que não ajudou em nada o anime tanto que o mesmo concluiu com 13 episódios e com muitos menos conteúdo que o mangá.

Em contraponto as séries que já nasceram velhas citarei séries novas baseadas em obras antigas e que fizeram sucesso com o público atual, sem fugir muito da estética antiga da obra original e as série que decide citar nesse caso são Hunter x Hunter, de 2011, e Jojo’s Bizarre Adventure, de 2012.

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Hunter x Hunter, uma nova roupagem para uma obra o mesmo tempo antiga e atual.

Quero começar explicitando que Hunter x Hunter já havia sido adaptado para série de animação em 1999, sendo que o mangá em cujo ambas séries, a de 1999 e a de 2011, foram baseadas começou a ser publicado em 1998. Além disso, eu gosto bastante da série de 1999, até prefiro ela em comparação a de 2011, mesmo assim é inegável o como a nova série foi bem em trazer a estética antiga da obra original, melhorando muito a animação em relação a série de anime anterior, por isso agradou muito o público novo e os já fãs dessa franquia, tanto que a série foi  muito mais longe do que muita gente esperava, cobrindo praticamente tudo já apresentado no mangá.

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Jojo’s Bizarre Adventure, um clássico de duas décadas que ainda diverte bastante.

O caso de Jojo’s Bizarre Adventure é ainda mais interessante, pois os mangás em que essa série de anime é baseada foram lançado em 1987 e em 1988, tendo esse segundo terminada em em 1989, ou seja, são 23 anos de diferença entre o fim do mangá e o inicio do anime, além disso, o estúdio responsável pela obra havia produzido poucos trabalhos até então e contou com sérias restrições orçamentárias, mesmo assim o resultado final foi surpreendente, não pela qualidade visual do estúdio, pois é bem perceptível todas as limitações que obra possui, mas pelo fato de o estúdio conseguir traspor essas limitações, criar uma estética que lembra os anos 80, mas que ainda assim é atual, e usar de forma muito inteligente as suas limitações como forma de aprimorar, ou ao menos expor mais claramente, o teor cômico de certas partes da obra. E o resultado foi tão positivo que o mesmo estúdio já criou e já foi exibido a primeira parte da continuação que adapta o mangá seguinte, que é o mais famoso da franquia e que já havia sido adaptado para anime de forma não muito satisfatória em duas séries de OVA’s.

Os casos de Hunter x Hunter (2011) e Jojo’s Bizarre Adventure (2012) provam que ter uma estética antiga, ou se basear em obras antigas não é um problema, mas implementar uma obra mal como nos casos de Gokusen e Final Fantasy: Unlimited, fazendo ela involuntariamente parecer mais antiga do que é estética e tecnicamente é que geralmente cria um problema.

Nascer antigo não é exatamente a questão mais problemática com relação ao “mal envelhecimento”,  na verdade acredito que a segunda questão que vou levantar, que de certa forma engloba a primeira, é a grande culpada não apenas em relação a animação, mas também em relação a cinema e seriados live action, de nos apresentar esse conceito de “mal envelhecimento” que é tão questionável. E é agora que muita gente deve se irritar comigo.

A segunda questão é o trabalho mal feito dos estúdios e da staff do anime. É difícil criar uma obra atemporal, ou seja, que mesmo com o passar do tempo ela continue surpreendentemente interessante de forma estética e técnica, independente de apresentar uma história agradável ou não a quem a acompanha.  No cinema, como citarei mais a frente, existem acasos notáveis disso, ou ao menos mais perceptíveis, já com relação a obras feitas para tv ou home vídeo, realmente por questões orçamentárias e de prazo, é muito mais complicado se preocupar com os detalhes que tornam a tal obra atemporal. Mesmo assim, obras que são claramente bem antigas ainda podem ser boas, se elas apresentarem abordagens interessantes o bastante para agradar diversas gerações, mesmo que seja necessário tolerar um pouco problemas relacionados ao envelhecimento da tecnologia com que foi produzida a obra.

Os casos de Jojo e Hunter x Hunter, que já nasceram obras relativamente velhas são exemplos disso, alguns exemplos antigos muito bons são Saint Seiya: Meiou Hades Juuni Kyuu Hen (Cavaleiros do Zodíaco: Hades – A saga do Santuário), Dragon BallYu Yu HakushoJibaku-kunRayearth e Initial D First Stage, todos obras que tive o prazer de rever recentemente e que além de terem uma história que gosto, o fator tempo é muito facilmente tolerável porque foram criadas de uma maneira que ainda é possível se encantar com praticamente todos os detalhes, mesmo sabendo que hoje em dia, muitas das cenas poderiam ser modificadas para melhorar a animação, ou o character design, ou até os efeitos sonoros e visuais, sem um custo muito maior devido a evolução tecnológica.

Três exemplos de obras que envelheceram mal em minha opinião, e sim eu também revi elas recentemente, por isso creio que não é apenas birra, foram Saint Seiya (Cavaleiros do Zodíaco), Flame of ReccaTenkuu Senki Shurato. Essas três séries são icônicas e tem muitos fãs até hoje, eu ainda gosto de Flame of Recca e tenho uma certa nostalgia em relação a Saint Seiya, mas é inegável que todas essas três obras não foram pensadas para durar muitas eras, ou é isso que parece. Os efeitos visuais, a animação e alguns efeitos sonoros dessas obras são muito fracos até em comparação a obras mais antigas. Não sei se os estúdios não quiserem investir muito por ter medo do retorno, ou sei lá qual foi o motivo, mas venhamos e convenhamos, dizer que essas obras continuam incríveis é tapar o sol com a peneira. Gostar do trabalho feito nelas é algo puramente nostálgico ainda que a história e a trilha sonora sejam boas até hoje e ainda que esteticamente essas obras permaneçam interessantes, eu gosto bastante da estética de Cavaleiros dos Zodíaco e mesmo com as armaduras bem simplificadas, a estética do anime me agrada muito mais do que a estética do mangá.

Como citei no começo do parágrafo anterior, tive o desprazer de rever Shurato recentemente e como é medonho o trabalho da Tatsunoko Studios nesse anime, já Saint Seiya só é mais um dos exemplos de animes que Toei Animation não quis gastar muito (ela faz isso até hoje, vejam o caso de World Trigger), os próprios Dragon BallSaint Seiya: Meiou Hades Juuni Kyuu Hen também são da Toei Animation, ambos tiveram orçamentos melhor aproveitados que Saint Seiya e continuam sendo animes bons que envelheceram, mas que não irritam os nossos olhos (tá a dublagem japonesa do Goku irrita algumas pessoas, mas…).  Flame of Recca é do estúdio Pierrot e Yu Yu Hakusho também, o primeiro é um trabalho bem fraco do estúdio, já o segundo é provavelmente um dos melhores trabalhos da Pierrot até hoje (e a dublagem japonesa, embora inferior a brasileira, também é legal).

A grande questão é que envelhecer ou não envelhecer mal  é algo muito ligada a dedicação e forma como certas obras de cultura visual foram feitas, eu ainda adoro Blade Runner, mesmo com seu futuro dos anos 80 que nada tem haver com a realidade, enquanto que eu não consigo suportar o clássico Metropolis que é importantíssimo para ficção científica, mas que em suas duas horas de duração não tem mais do que 20 minutos de história.

Antes de terminar esse texto, preciso falar de obras atemporais, que são difíceis de serem criadas, mas elas existem sim, essas obras não deixam de ser filhas de suas épocas, mas com o passar do tempo elas continuam técnica e esteticamente impecáveis e provavelmente modificar qualquer coisa nelas seria mais prejudicial do que benéfico. O exemplo claro disso são alguns dos filmes dos Studio Ghibli, obras como Kaze no Tani no Nausicaä (Nausicaä  do vale dos ventos), Tonari no Totoro (Meu amigo Totoro), Hotaru no Haka (O túmulo dos vagalumes) e Mononoke Hime (A princesa Mononoke) permanecem incríveis e mesmo que por algum motivo você não goste da história contada por alguns ou todos esses filmes, eu lhes desafio a falar algo realmente mal feito nessas obras.

Enfim, o bom ou mal envelhecimento de uma obra artística, qualquer que seja, é difícil de se avaliar e muitas vezes está ligada muito mais a uma questão de gosto pessoal, mesmo assim acredito que haja obras que envelhecem mal, pelo menos aquelas que estão a mercê da tecnologia que é empregada para criá-las, como o gesso de uma estátua que pode se desfazer com o tempo, um CGI que se torna obsoleto a medida que os anos vão passando, ou uma estalar de dois metais quaisquer que um dia foi tratado como o choque de duas espadas e que hoje não parece mais do que o choque de duas colheres. Os exemplos de animes que citei podem não ser exemplos válidos ou adequados para você caro leitor, mas pense um pouco e você vai conseguir encontrar seus próprios exemplos que poderiam ser associados as questões que citei. Para terminar, ficam algumas perguntas para vocês: Que obras de animação japonesa vocês acham que envelheceram mal? E Por quê? Qual obra você acha que envelheceu mal, mas você ainda gosta? Porque o Seiya arrancou a orelha do Cassios? Ele já não era feio o bastante?

Finalmente está de volta a coluna mais questionadora da internet, espero que tenham gostado desse texto e semana que vem o Pensador Otaku virá apresentar suas indagações sobre um tema que arranhamos no começo desta postagem. Agora vou continuar a busca pela pergunta fundamental, então, até outra hora!

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